20 de jul. de 2007

Viagem...

“E como ficou chato ser moderno. Agora serei eterno.”

O pássaro é livre
na prisão do ar.
O espírito é livre
na prisão do corpo.
Mas livre, bem livre,
é mesmo estar morto.
Carlos Drummond de Andrade
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10 de jul. de 2007


S O S = AMAZÔNIA

10/07/2007 - 07h41 - Atualizado em 10/07/2007 - 10h03
Governo planeja concessão de 1 milhão de hectares de florestas

Áreas devem ser exploradas para produção sustentável de madeira e outros serviços. Concessão faz parte do primeiro Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF).
Da Agência Estado entre em contatoTV Globo



Governo mapeou florestas federais, que totalizam 193,8 milhões de hectares (Foto: Reprodução/ TV Globo)

O governo federal espera abrir licitações ainda neste ano para a concessão de 1 milhão de hectares de florestas públicas, que poderão ser explorados pela iniciativa privada para produção sustentável de madeira e outros serviços ambientais. A meta faz parte do primeiro Plano Anual de Outorga Florestal (PAOF), concluído na segunda-feira (9) pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e que agora segue para consulta pública por 15 dias.A estimativa é que as concessões produzam uma renda bruta de R$ 120 milhões por ano, com a criação de 8.600 postos de trabalho, segundo o diretor do SFB, Tasso Azevedo. O cálculo é baseado numa produção estimada de 610 mil metros cúbicos de madeira em tora e 670 mil metros cúbicos de resíduos madeireiros, que poderão ser aproveitados como biomassa para a produção de energia. Essa é a primeira iniciativa prática de implementação da Lei de Gestão de Florestas Públicas, publicada em março de 2006 e regulamentada um ano depois.O mecanismo de concessões, apresentado como estratégia para combater os crimes fundiários e promover a exploração sustentável dos recursos naturais em terras federais, criou polêmica ao ser inicialmente interpretado como um plano de "privatização" da Amazônia.

Mapeamento
Depois que o plano foi aprovado, o SFB mapeou todas as áreas de floresta pública da União. O cadastro inédito, divulgado na segunda-feira, identificou 193,8 milhões de hectares de florestas federais (equivalente a 23% do território nacional), incluindo unidades de conservação, terras indígenas e assentamentos. A maior parte (92%) está na Amazônia, principalmente nos estados do Amazonas e Pará. Dentro desse mapa, foram identificados 43,7 milhões de hectares legalmente passíveis de concessão (excluindo-se terras indígenas, reservas extrativistas, parques nacionais e outras unidades de conservação). Na última peneira, restou 1 milhão de hectares que o governo quer licitar ainda neste ano. A expectativa do governo - primeiro com a criação de áreas protegidas e, agora, com as concessões - é transformar as florestas em sistemas produtivos capazes de conciliar desenvolvimento econômico e conservação ambiental. "É a economia da floresta que vai salvar a floresta", aposta Azevedo.

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PLANO ANUAL DE OUTORGA FLORESTAL (PAOF)

O Plano Anual de Outorga Florestal, é o documento instituído pela Lei de Gestão de Florestas Públicas para dar conhecimento ao público da descrição de todas as florestas públicas a serem submetidas a processo de concessão. Nele são apresentados o contexto de sua preparação, as florestas públicas federais cadastradas até o presente e as que foram destinadas à conservação e ao uso comunitário. No PAOF também são explicados os métodos que levaram à seleção das áreas passíveis de concessão e os critérios para a definição das áreas prioritárias para concessão e dos mecanismos de acesso. Consulta pública PAOF 2007/2008A minuta do PAOF 2007/2008 estará aberta para consulta pública até o dia 24 de julho de 2007.
As dúvidas, sugestões e críticas a proposta de PAOF deverão ser enviadas ao Serviço Florestal Brasileiro através do e-mail info@sfb.gov.br .Clique aqui para acessar o Resumo Executivo do PAOF 2007/2008
Clique aqui para acessar o PAOF 2007/2008
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E então questionamos:
Quem quer o plano???
Quem aprovou o plano???
Quem serão os beneficiados com ele???
Queremos de fato que a floresta amazônica seja posta a baixo???
E vamos vê-la sucumbir, tal qual vemos nossos mangues, nossas dunas, nossos mares, e como tudo que vem sendo dilapidado em prol de uns ou outros que se beneficiam de seus postos e poderes, trocando leis, recriando normas e valendo-se da incumbência de serem impunes em seus postos conquistados através do voto do povo brasileiro, permitindo que indevidamente o que pertence a todos, seja posto abaixo???
Denuncie. A Amazônia tem dono sim!!! É de todos nós e não de quem o governo brasileiro acreditar que deva conceder a posse e o direito de derrubá-la...
Eu quero a minha parte da floresta, viva, a quero preservada, íntegra e intocada!!! Não coloquei meu quinhão à venda e nem autorizei político algum a vender absolutamente nada do que também é meu, como cidadã e muito menos autorizo quem quer que seja, que o faça em meu nome!!! Especialmente por sermos todos habitantes de um planeta que começa a sofrer dramaticamente pela ignorância dos muitos erros já cometidos contra a natureza...
Em plena campanha "LIVE EARTH CONCERTS", o Brasil resolve derrubar a Amazônia, com um projeto fantasiado de manejo sustentável...

Pode???

Faça a sua parte!!! Reclame!!! Clame!!! Inflame-se!!!
A AMAZÔNIA é sua também e faz parte do seu patrimônio!!!

Votar e colocar no poder quem não possui a menor condição técnica, didática, cultural, moral, ética, ecológica e de respeito ao bem comum, é o preço a ser pago por todos... É o preço da ignorância e da omissão!!!
ATENÇÃO PARA O TAMANHO DA ÁREA A SER DEVASTADA...
Postado por Cristina Oliveira

10 de abr. de 2007

Aquecimento...







Dez maravilhas da natureza estão ameaçadas pelas mudanças climáticas

O tigre de Bengala está entre as dez maravilhas que podem desaparecer

BRUXELAS, 5 abr (AFP) - Floresta Amazônica, geleiras do Himalaia, corais e tigre de Bengala, as mudanças climáticas ameaçam dez das regiões ou espécies consideradas como parte das maravilhas da natureza, advertiu o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

"Das tartarugas aos tigres, do deserto de Chihuahua à grande Amazônia, todas estas maravilhas da natureza estão ameaçadas pela elevação das temperaturas, assim como as reservas de água doce do planeta", insistiu Lara Hansen, responsável científica do programa Clima do WWF, apresentando o estudo em Bruxelas, onde o Painel Intergovernamental de Especialistas em Evolução Climática (IPCC, em inglês) divulgará nesta sexta-feira a segunda parte de seu relatório dedicado às conseqüências do fenômeno.
Entre 30% e 60% da floresta amazônica, onde vivem 40.000 espécies de plantas e 427 de mamíferos, poderá se transformar em savana, indica a WWF em um estudo publicado em Paris.

O bosque valdiviano, que abrange o Chile e a Argentina, onde cresce o larício, uma pequena árvore conífera, de cor verde clara e que pode chegar a viver 3.000 anos, também está ameaçado, segundo a organização ecológica.
O deserto de Chihuahua, entre Estados Unidos e México, habitat de cerca de 3.500 plantas diferentes (cáctus, yucas, etc) e de animais ameaçados (jaguar, muflão canadense, urso negro), é outro lugar em alerta.

A grande barreira de corais da Austrália pode ser extinta, pois com o aumento da temperatura se embranqueceria até a morte. E as tartarugas marinhas escamadas das costas sul-americanas e caribenhas também estão em perigo.

No Ártico, onde o aquecimento se produz com o dobro da velocidade da maior parte do planeta, são os salmões do Alasca os mais ameaçados.

Na Ásia, os Sundarbans correm um grande risco. Trata-se da maior extensão do mundo de mangues, entre Índia e Bangladesh, com o famoso tigre de Bengala em seus limites.

Na China, o WWF cita a parte superior do rio Yang-Tsé, o mais longo rio do mundo e uma das duas únicas regiões nas quais vive o urso panda em estado selvagem.

No Himalaia, que abriga mais geleiras que qualquer outra zona da Terra à exceção dos pólos, o gelo pode se derreter a uma velocidade tal que as conseqüências seriam muito graves.

A fundação expressa sua preocupação com os bosques das costas orientais da África, do Quênia à Tanzânia e Moçambique."Não quero dizer que é tarde demais", ressalta Lara Hansen. "Mas do ponto de vista da conservação, se nós começarmos agora a administrar as mudanças climáticas, se continuarmos no caminho de um desenvolvimento desenfreado que já exerce uma pressão considerável sobre as reservas naturais, a natureza e a biodiversidade perderão a longo prazo." "Temos uma grande parte da humanidade que tira seu sustento destas reservas", acrescentou: "é preciso começar a pensar a partir de agora no que fazer de melhor para que tudo isto coexista"."

Folha Uol -
Fotos Bichos
AFP