22 de abr. de 2006

Abril brasileiro...



Dia dos Índios...
Dia do Descobrimento...



Região de Guarulhos, São Paulo



Região sul da cidade do Rio de Janeiro


Nem somos índios, nem somos portugueses...


Cá estamos nós, depois de tantos anos de persistência, em buscas constantes de nossa verdadeira indentidade, ainda um tanto perdidos em meio a nossa própria realidade. Somos um país rico culturalmente e com reservas incomparáveis. Geografia deslumbrante e povo estonteamente criativo. No entanto sabemos que esse país por vezes, trilha caminhos distoantes...
É comum nos depararmos com noticiários pelo mundo todo, referindo-se sobre a violência nas grandes metrópolis brasileiras. Falamos da nossa miséria e pobreza, como se não fôssemos todos nós, também, um tanto responsáveis por ela... Como se a conseqüência dela, não pudesse se aproximar de nós... Como se viver nesses nossos dias, fosse possível esquecer do que nos cerca; do que vive ao lado; do que aparentemente não nos pertence, bastando para isso, nos mantermos quase que indiferentes... Sabemos que é prudente estarmos bem informados... Mas tomar conhecimento dos fatos e de todas as mazelas que nos cercam, não significa que necessariamente precisamos agir como se esse mal nos pertencesse... É mais fácil protelar... Nem mesmo cobrar, parece ser um ato que nos cabe... Lamentamos sim, mas dificilmente nos situamos...

Há preocupações com a internacionalização da Amazônia, por exemplo, mas quando é levantada a defesa dessa proposta, a única coisa que é pensada, é o resultado mais evidente a olhos nus e apenas a parte boa da grande e generosa floresta, é lembrada. Parece normal o esquecimento do que há escondido atrás das grandes árvores... Debaixo das muitas copas... Deslizando pelas infinitas lâminas... Não pensamos por exemplo, em internacionalizações visando a ajuda humanitária à pobreza, como um ato de responsabilidade de todos os países, pelo bem e sem fronteiras... Em muitos casos desses, nos portamos como se o problema alheio, não pudesse jamais chegar até nós; como se a pobreza não nos pertencesse. É normal portanto, que consideremos de nossa responsabilidade, apenas as riquezas e essas devem ser preservadas mesmo, mas nem por essa razão, internacionalizadas.

Sabemos que responsabilidade é uma atitude e essa implica em muitas frentes. Um inimigo letal e destruidor, que vem se instalando nas mais distintas classe sociais, é o consumo da droga. A classe alta, a classe média e todos de modo geral, a partir do momento que trata com normalidade o uso da droga sendo ela qual for – e por vezes muitos a consideram como se fosse um fetiche; algo associado ao glamour e ao poder – está sendo conivente com o financiamento da violência desenfreada. Quem compra droga, financia o tráfico e é responsável também, por muitas das diferentes pobrezas existentes pelo mundo à fora e nos mais distintos territórios, pelas mais distintas trilhas...

O mundo contemporâneo, assiste catatônico a uma verdadeira falência múltipla de instituições nacionais e órgãos governamentais, para atendermos à itens imprescindíveis para o bem estar de seus habitantes em suas diferentes ordens, seja alimentação, moradia, educação, saúde, transporte, segurança, geração de empregos, rede de abastecimento de água, saneamento básico, resíduos sólidos, energia, telecomunicações, laser... Permanecemos aguardando e contando que ‘alguém’ saia à procura de novas maneiras para solucionar ou trabalhar as necessidades que nossos governantes não conseguiram e nem conseguirão resolver, embora seja essa a responsabilidade maior deles e para o qual, foram e são eleitos. Na falta de uma conduta correta e no mínimo adequada e diante do caos, a tendência é a tomada de outros caminhos. Uma tomada diferenciada, em outros moldes e nem sempre ela surge de modo justo e nem por isso atende com equilíbrio, beneficiando a todos.
Temos conhecimento que o sistema está falido. Precisamos modernizar nossas atitudes, incentivando novos valores culturais e práticas sociais mais consistentes, voltadas para a educação e proteção de nossas crianças e adolescentes. De nada adianta leis bonitas de serem lidas e estatutos muito bem formatados, se na realidade, nada existe de concreto no cotidiano de muitos dos nossos meninos e jovens, onde a única opção reinante, são mesmo as trilhas incertas a que estão sujeitos naturalmente...

Muito se tem falado no Brasil, sobre os efeitos do uso da droga, mas nada se produz a respeito das sérias conseqüências sobre o que gera o consumo, em termos sociais, além das fronteiras domésticas e de toda a rede que o uso envolve e compromete. A droga não mata apenas quem usa. Mata tudo. Mata por doses homeopáticas a quem nem mesmo imagina o que ela pode causar... A droga mata!!! Mata a cultura!!! Mata a emoção!!! Mata a dignidade e causa a destruição!!!




19 de Abril - Dia do Índio

22 de Abril - Dia do descobrimento do Brasil


http://www.casadozezinho.org.br/

http://desambientado.blogspot.com/

http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1169747-1655,00.html
http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=18660&action=reportagem
http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=18669&action=reportagem
http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=18664&action=reportagem
http://www.coav.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1420&tpl=printerview&sid=11



(Fotos retiradas do Rio Adventuretours – Brasil e do google, sem referências de autores)

Cristina Oliveira